quarta-feira, 1 de setembro de 2010

One Piece Film: Strong World

Não é preciso conviver muito comigo - ou mesmo acompanhar um pouco de mim pelo mundo online pra saber que eu sou pra lá de surtado pelo maior fenômeno dos quadrinhos japoneses desde Dragon Ball: One Piece. E, sim, eu acho OP absurdamente superior a DB. ;)


Por isso mesmo, há mais de ano que eu ansiava em ver o muito falado décimo longa-metragem para o cinema da série, Strong World. E o maior motivo desse "muito falado" é que dessa vez, diferentemente do que normalmente acontece nesse tipo de animação, houve envolvimento direto do próprio criador, Eiichiro Oda, no roteiro (o tipo de falta que acontece e costuma ser notória no gênero, pela frequente baixa qualidade nas histórias dos longas de qualquer série). Pois eis que agora, quase 9 meses após o lançamento do filme nos cinemas japoneses (onde arrecadou, diga-se de passagem, mais de um bilhão de ienes em apenas dois dias—pra dar uma idéia, ele passou por cima, de uma vez, de Harry Potter e o Enigma do Príncipe e Ponyo duma vez só), finalmente o filme foi lançado em dvd e blu-ray.

E, de fato, o envolvimento do autor torna a qualidade da história absurdamente superior a todos os outros longas metragens da série. O projeto foi também bem ambicioso (considerando-se o que foi feito antes em termos de anime/mangá), tendo sido trabalhado em outras mídias (houve uns episódios especiais na série de tv, contando uma história relevante ao filme e um capítulo no mangá que mostrava o passado do vilão, o Leão Dourado Shiki). Ainda assim, tudo isso torna apenas o filme melhor que a média - o que significa que foi melhor que ruim. Eu o nivelo, em termos de empolgação, mais ou menos com Sky Piea (que eu achei apenas mediana).

A história é sobre o retorno de Shiki, o Leão Dourado, um pirata infame que, há 20 anos, tentou se tornar rival do próprio rei dos piratas, Gol D. Roger. Sem sucesso em sua tentativa, ele foi derrotado por Roger, capturado pela marinha e trancafiado em Impel Down, a prisão submarina de segurança máxima. Cortando os próprios pés para se livrar de seus grilhões, ele acabou se tornando o primeiro fugitivo da grande prisão e, desde então, ele desapareceu. É aí que Luffy e sua tripulação têm o azar de estar em seu caminho e chamar sua atenção quando o Leão Dourado retorna buscando vingança contra o mundo. Então, quando tem um de seus companheiros capturados, o bando do Chapéu de Palha parte para a briga. Mas não se pode menosprezar o poder de alguém que se bateu com o próprio rei dos piratas.

História decente e razoavelmente amarradinha, momentos bem empolgantes, animação excepcional, trilha sonora bem bacana e o espírito presente que marcou a série com sua qualidade em seus 13 anos de vida: esse é o tão alardeado longa-metragem feito em comemoração, na época, dos 10 anos da série. Não vai mudar a vida de ninguém, mas vai render uma baita duma boa diversão. Com DON. :)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Bob's House of Video Games

Já ouviram falar da Cheezburger Network? Ela comporta inúmeros sites a la LOLcats—na real, o mais famoso deles, o I Can Has Cheezburger, é dela. Nos sites da Network, inúmeras fotos dos mais variados temas (no caso do LOLcats, adivinhem, de gatos :P) ganham alguma legenda engraçada e se torna parte da quilométrica galeria do site.

O LOLcats foi o primeiro. Depois dele, eles criaram outros de tudo que é tema: cães, demotivationals, falhas ou erros épicos (um dos meus preferidos, o FAIL Blog), erros de edição digital...no momento, são uns 45 blogs com temáticas diferentes. E um deles é pra galerinha nerd. ;)


O Bob's House of Video Games é justamente para esses momentos espirituosos encontrados, ou baseados em games. No começo era meio fraquinho, admito, mas os mais recentes têm sido até bem divertidos. Os vídeos, na grande maioria, são bem mais que as fotos. Enfim, #fikadik. ;)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Starcraft II: a Blizz fez de novo

Eu sou aficionado pela Blizzard desde quando eu nem me interessava por nomes de empresas e não tinha me tocado que a mesma galera que tinha feito The Lost Vikings (ainda que com outro nome, na época) era responsável por Blackthorne. De lá pra cá, acho que de todo o rol de jogos da empresa atualmente sediada em Irvine, na Califórnia, eu só não joguei Rock'n Roll Racing, Diablo e Warcraft: Orcs & Humans (sem contar, claro, os jogos da época do Amiga). Mas, acho, desde Warcraft II: Tides of Darkness que eu comecei a me tocar disso: Depois da Lucas Arts, a Blizzard foi uma das primeiras empresas que eu comecei a perseguir e ficar antenado nos próximos lançamentos.

E eles têm um histórico engraçado com demora pra lançar os jogos. Eu já trabalhei no mercado de desenvolvimento de games, conheço muita gente que também trabalha, e não conheço nenhum outro caso na indústria de uma empresa que não tem agonia em lançar as coisas logo, primando mais pela qualidade e pela garantia de quase perfeição que trouxe a ela o renome que tem hoje. E com Starcraft II, lançado à meia-noite de hoje, não foi diferente. A Blizz fez de novo!

Jimmy Raynor se reúne com seus aliados na ponte de comando do crusador espacial, Hipérion

Até onde vi do jogo, em tudo ele é primoroso: a conversão do (bom e) velho 2.5D pré-renderizado para os vibrantes gráficos 3D de agora foi bem sutil (pra quem joga, não pra quem vê de fora) e você tem uma gostosa sensação de saudosismo ao jogá-lo. É como se não tivesse havido pausa da Brood War para o novo episódio. Isso, claro, estou falando do ingame propriamente dito. Porquê, meus amigos, as cinematics entre fases—e HÁ cinematics para CADA fase—são impressionantes! Na minha opinião, só não são mais porque a Blizzard optou por um visual mais realista, diferente, por exemplo, do cartunesco de Warcraft, e isso sempre me causa uma estranheza...ver "gente de verdade" em 3D, alguma coisa sempre falha. ^^' Mas isso é picuinha minha, porque eu nunca vi, pelo menos num game, um resultado que chegasse tão perto. Minúcias como movimentação dos olhos em close dos personagens, manchas de pele, cabelos e pelos do corpo convincentes...tudo se une para um resultado visual impressionante! E também no ingame, passado o mencionado saudosismo, você percebe, sim, que por mais que lembre o antigo, você está no novo: cenários com milhares de elementos, sombras e luzes próprias. Animações primorosas (como já é marca registrada da empresa). O som está fora de série, também, com uma atualização dos antigos efeitos sonoros (os fãs da série devem identificar inúmeros) e uma trilha sonora orquestrada, impecável! Enfim, um deleite para os fãs do gênero.

Um detalhe que me deixou particularmente feliz foi que, se mantiveram alguma coisa universal no jogo, foram as teclas de atalho. O que pode ser problemático para quem nunca jogou e não entende porque a tecla para "ponto de encontro" (esqueci o nome) é Y (porque, no original, é "Rally"—que tem um Y, afinal :P), mas quem jogou MUITO o original em inglês, não deve se perder muito.


Agora, sinceramente, o que mais me impressionou no jogo foi o cuidado da Blizzard com a localização. Sério, eu nunca vi um trabalho desse nível feito na área! Não sei o que foi feito da comentada versão nacional de Halo 3, mas, caceta, TUDO no jogo é traduzido! E quando eu digo tudo, é tudo MESMO! Nomes em cinematics, pichações no cenário, micronomezinhos talhados na armadura da infantaria, tudo, TUDO! Não bastasse isso (perdoem o Caps XD), A BOCA DOS PERSONAGENS SE MOVE DE ACORDO COM O QUE ELES FALAM—EM PORTUGUÊS! Sério, eu fiquei chocado! Mais que valeu a pena ter comprado a versão nacional, até para ver que, mesmo apesar da pirataria que assola o país, esses peixes grandes estão nos vendo e considerando que vale a pena investir na gente! Cara, pra quem é fã roxo de games e que já trabalhou na área, isso é um baita dum holofote no fim do túnel que a gente estava! Sério, bato palmas de pé! :D

A dublagem está bem competente, malandra, do jeito que eu gosto. Há uns e outros casos de falta de emoção, mas só a escolha por termos mais coloquiais e espirituosos já ganhou inúmeros pontos comigo. Frases como "Quer levar porrada?" ou "Quer tretar comigo, moleque?" ficaram impagáveis. XD E o trabalho do som está bem competente mesmo. Os 'Morcegos de Fogo' (ou Firebats, pros puristas mais chatos. :P) estão IDÊNTICOS aos originais—só que falando em português. :)
Dos dubladores que eu pude reconhecer, até agora, posso citar: Tatá Guarnieri (Jack Bauer, Kenshin, Zigfried, pai do Bobby) como Jimmy Raynor, Luiz Antônio Lobue (Aioria, Piccolo, dr. House) como Arcturus Mengsk, Fátima Noya (Gohan criança, Ranma mulher) como o computador de Raynor; também reconheci a Denise Simonetto (Cammy), o Francisco Bretas (Hyoga de Cisne), o Guiga Lopes (Guile, Mr. Satan), entre outros. Ou seja: ao contrário daquela dublagem tosca feita no primeiro Starcraft (ou até no Warcraft II), dessa vez mandaram chamar gente de peso e seriedade no mercado. Sério, tá bom MESMO! Confiram!

Enfim, nota 10! Eu era babão da Blizzard, continuo babão da Blizzard! Parabéns a todos os envolvidos. ;)


E, droga, eu tava planejando fazer um upgrade no computador só quando saísse o Cataclisma...mas talvez eu tenha que adiantá-la! O que o jogo tem de bom, tem de pesado (pra rodar com tudo em potência máxima). Mas, não se assustem, eu que sou fresco com gráficos e gosto de ver o jogo mais próximo do "visualmente concebido" o possível. Mas há possibilidades de redução de gráficos e efeitos (para os menos exigentes) que farão o jogo rodar em sistemas bem menos parrudos. A Blizz não é besta, quer é o máximo de gente possível jogando e enchendo os bolsos deles. ;D hehe

Se tem algo que eu posso reclamar do jogo, somente, são esses tais seis meses de acesso ao jogo (online ou offline) a que se tem direito comprando a versão simples. Para acesso ilimitado, ter-se-ia de comprar uma versão mais cara (que ouvi falar que há, mas que não vi) ou a Edição de Colecionador (que a Saraiva está vendendo por quase 500 contos :P). Daí, quem não estiver agoniado como eu estava, analise aí e procure.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Starcraft II vem aí - e vem em português!

Quem me conhece pessoalmente (e bem) sabe que eu tenho uma não-tão-leve tendência a surtar por causa de hype, seja por filme, jogo, ou o que for. E o meu hype do momento é nenhum outro se não a próxima e pra lá de aguardada grande produção da Blizzard Ent.: Cataclysm, a próxima expansão do meu amado RPG multimassivo, World of Warcraft. ;)

Mas, enquanto o Seu Lobo não vem, admito que tô bem empolgado com a esperada continuação do RTS de maior renome da história, Starcraft II: Wings of Liberty. Estamos, neste exato momento, a 6 h do lançamento mundial do jogo e eu tô segurando a agonia pra não sair de casa à meia-noite pra pegar a minha cópia. :D
E qual não foi a minha surpresa em saber que o jogo, desde o lançamento, virá completamente localizado: do texto às vozes, ele foi totalmente traduzido para o português!

Zergs contra Terrans: o combate de antigamente com gráficos de agora.

Assim, vou admitir que, por mais fã de dublagem que eu seja, que eu recebi a notícia meio ressabiado. :P
Afinal, o histórico de traduções da Blizzard aqui no Brasil não é exatamente algo memorável...então, quando vi a opção pra pre-download no site oficial e vi que pra mim, a opção automática era a versão PT-BR do jogo, eu cheguei a pensar duas vezes. Mas aí pensei com calma e lembrei que a minha maior bronca com a versão anterior do jogo nem foi a (quase péssima) dublagem em si, mas sim o fato de todas as teclas de atalho terem sido (logicamente) mudadas. Então, se eu já vou começar o jogo habituado à versão nacional das teclas de atalho, a bronca não deve ser tão grande assim, né? E, em seguida, vi alguns trailers nacionais do jogo, acredito, dublados pela Fátima Noya (Gohan criança, em Dragon Ball Z; Anne, de Guerreiras Mágicas de Rayearth; Ranma versão feminina, de Ranma ½) e pelo Luiz Antônio Lobue (Gregory House, em House; Aioria de Leão em Cavaleiros do Zodíaco; Piccolo em Dragon Ball).

Os dubladores Fátima Noya e Luiz Antônio Lobue

Pô, se não me enganei, os dois são dubladores de renome, o que indica que pelo menos seriedade há no trabalho. O que a massa precisa saber é que normalmente, o que determina dublagem ruim é falta de investimento do contratante. Pelo que sabemos, falta de investimento e de preocupação com qualidade NÃO é marca da Blizzard. Então, ok, eu pretendo pagar pra ver. Amanhã, acredito, compro o meu e vamos que vamos!

Agora, se tem uma coisa que andou me tirando do sério pela internet, foi justamente gente já reclamando de que o jogo vem em português antes de ver o resultado. Dizendo que vai piratear, porque está indignado com isso e mimimi, mimimi. Pelo amor de Tassadar, acordem pra cuspir! Essa galera não consegue enxergar o grande avanço que isso significa para o mercado nacional de games?! Sim, a Blizzard ESTÁ de olho no Brasil, sim a Blizzard JÁ abriu filial aqui no país. Isso significa que nossa participação não é ínfima e que eles pretendem expandir as coisas para o povo por aqui - uma expansão que pode ir pro saco se virem que a pirataria realmente inviabiliza financeiramente a iniciativa deles. Com a Blizzard oficialmente no país, isso pode baratear o custo dos jogos, por serem produzidos internamente - já pensaram em pagar R$ 15/mês pra jogar WoW, ao invés de U$ 15? Além do quê, jogos em português permitem que eles sejam jogados por uma gama maior de gente. Ou essa galera olha tanto pro próprio umbigo que não se toca que é uma minoria esmagadora do Brasil que tem a oportunidade de falar inglês? E, sim, falo inclusive da galera que pode comprar um computador e acessar a internet.

Sabem qual é a maior ironia nisso tudo? É ver que essa galera do mimimi, que reclama taaaanto do português, é composta em sua maioria por um povo que nem escreve em português direito... :P